58. Será que, predizendo a sua segunda vinda, era o fim do
mundo o que Jesus anunciava, dizendo: “Quando o Evangelho
for pregado por toda a Terra, então é que virá o fim?”
Não é racional se suponha que Deus destrua o mundo
precisamente quando ele entre no caminho do progresso
moral, pela prática dos ensinos evangélicos. Nada, aliás,
nas palavras do Cristo, indica uma destruição universal
que, em tais condições, não se justificaria.
Devendo a prática geral do Evangelho determinar grande
melhora no estado moral dos homens, ela, por isso mesmo,
trará o reinado do bem e acarretará a queda do mal. É,
pois, o fim do mundo velho, do mundo governado pelos preconceitos,
pelo orgulho, pelo egoísmo, pelo fanatismo, pela
incredulidade, pela cupidez, por todas as paixões pecaminosas,
que o Cristo aludia, ao dizer: “Quando o Evangelho
for pregado por toda a Terra, então é que virá o fim.” Esse fim, porém, para chegar, ocasionaria uma luta e é dessa
luta que advirão os males por ele previstos.