3. Do fato de ser inevitável, porque é da natureza o movimento
progressivo da humanidade, não se segue que Deus
lhe seja indiferente e que, depois de ter estabelecido leis, se
haja recolhido à inação, deixando que as coisas caminhem
por si sós. Sem dúvida, suas leis são eternas e imutáveis,
mas porque a sua própria vontade é eterna e constante e
porque o seu pensamento anima sem interrupção todas as
coisas; esse pensamento, que em tudo penetra, é a força
inteligente e permanente que mantém a harmonia em tudo.
Cessasse ele um só instante de atuar e o universo seria
como um relógio sem pêndulo regulador. Deus, pois, vela
incessantemente pela execução de suas leis e os Espíritos
que povoam o espaço são seus ministros, encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem
ao grau de adiantamento que tenham alcançado.