67. O juízo, pelo processo da emigração, conforme ficou
explicado acima (n.º 63), é racional; funda-se na mais rigorosa
justiça, visto que conserva para o Espírito, eternamente,
o seu livre-arbítrio; não constitui privilégio para ninguém;
a todas as suas criaturas, sem exceção alguma, concede
Deus igual liberdade de ação para progredirem; o próprio
aniquilamento de um mundo, acarretando a destruição do
corpo, nenhuma interrupção ocasionará à marcha progressiva
do Espírito. Tais as consequências da pluralidade dos
mundos e da pluralidade das existências.
Segundo essa interpretação, não é exata a qualificação de juízo final, pois que os Espíritos passam por análogas
fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados,
até que atinjam certo grau de perfeição. Não há,
portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais
em todas as épocas de renovação parcial ou total da população
dos mundos, por efeito das quais se operam as
grandes emigrações e imigrações de Espíritos.