20. Qual, então, em definitiva, a falta tão grande que mereceu
acarretar a reprovação perpétua de todos os descendentes daquele que a cometeu? Caim, o fratricida, não foi
tratado tão severamente. Nenhum teólogo a pode definir
logicamente, porque todos, apegados à letra, giraram
dentro de um círculo vicioso.
Sabemos hoje que essa falta não é um ato isolado, pessoal,
de um indivíduo, mas que compreende, sob um único
fato alegórico, o conjunto das prevaricações de que a humanidade da Terra, ainda imperfeita, pode tornar-se
culpada e que se resumem nisto: infração da lei de Deus.
Eis por que a falta do primeiro homem, simbolizando este
a humanidade, tem por símbolo um ato de desobediência.