26. Eram necessários os conhecimentos que o Espiritismo
ministrou acerca das relações do princípio espiritual com o
princípio material, acerca da natureza da alma, da sua criação em estado de simplicidade e de ignorância, da sua união
com o corpo, da sua indefinida marcha progressiva através
de sucessivas existências e através dos mundos, que são
outros tantos degraus da senda do aperfeiçoamento, acerca
da sua gradual libertação da influência da matéria, mediante
o uso do livre-arbítrio, da causa dos seus pendores
bons ou maus e de suas aptidões, do fenômeno do nascimento
e da morte, da situação do Espírito na erraticidade
e, finalmente, do futuro como prêmio de seus esforços por
se melhorar e da sua perseverança no bem, para que se
fizesse luz sobre todas as partes da Gênese espiritual.
Graças a essa luz, o homem sabe doravante donde vem,
para onde vai, por que está na Terra e por que sofre. Sabe
que tem nas mãos o seu futuro e que a duração do seu
cativeiro neste mundo unicamente dele depende. Despida
da alegoria acanhada e mesquinha, a Gênese se lhe apresenta
grande e digna da majestade, da bondade e da justiça do Criador. Considerada desse ponto de vista, ela
confundirá a incredulidade e triunfará.