29. Nada obsta a que se admita, para o princípio da soberana
inteligência, um centro de ação, um foco principal a
irradiar incessantemente, inundando o universo com seus
eflúvios, como o Sol com a sua luz. Mas onde esse foco? É
o que ninguém pode dizer. Provavelmente, não se acha
fixado em determinado ponto, como não o está a sua ação,
sendo também provável que percorra constantemente as
regiões do espaço sem fim. Se simples Espíritos têm o dom
da ubiquidade, em Deus há de ser sem limites essa faculdade.
Enchendo Deus o universo, poder-se-ia ainda admitir,
a título de hipótese, que esse foco não precisa
transportar-se, por se formar em todas as partes onde a
soberana vontade julga conveniente que ele se produza,
donde o poder dizer-se que está em toda parte e em parte
nenhuma.