35. Para o materialista, os flagelos destruidores são calamidades
carentes de compensação, sem resultados
aproveitáveis, pois que, na opinião deles, os aludidos flagelos
aniquilam os seres para sempre. Para aquele, porém, que
sabe que a morte unicamente destrói o envoltório, tais
flagelos não acarretam as mesmas consequências e não lhe
causam o mínimo pavor; ele lhes compreende o objetivo e
não ignora que os homens não perdem mais por morrerem
juntos, do que por morrerem isolados, dado que, duma
forma ou doutra, a isso hão de todos sempre chegar.
Os incrédulos rirão destas coisas e as qualificarão de
quiméricas; mas, digam o que disserem, não fugirão à lei
comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, que
lhes acontecerá? Eles dizem: Nada! Viverão, no entanto, a
despeito de si próprios e se verão, um dia, forçados a abrir
os olhos.