15. Quem quer que haja meditado sobre o Espiritismo e
suas consequências e não o circunscreva à produção de
alguns fenômenos terá compreendido que ele abre à humanidade
uma estrada nova e lhe desvenda os horizontes o infinito. Iniciando-a nos mistérios do mundo invisível,
mostra-lhe o seu verdadeiro papel na criação, papel perpetuamente
ativo, tanto no estado espiritual, como no estado
corporal. O homem já não caminha às cegas: sabe donde
vem, para onde vai e por que está na Terra. O futuro se lhe
revela em sua realidade, despojado dos prejuízos da ignorância
e da superstição. Já na se trata de uma vaga esperança,
mas de uma verdade palpável, tão certa como a sucessão
do dia e da noite. Ele sabe que o seu ser não se acha
limitado a alguns instantes de uma existência transitória;
que a vida espiritual não se interrompe por efeito da morte;
que já viveu e tornará a viver e que nada se perde do que
haja ganho em perfeição; em suas existências anteriores
depara com a razão do que é hoje e reconhece que: do que
ele é hoje, qual se fez a si mesmo, poderá deduzir o que virá
a ser um dia.