26. Normalmente, a encarnação não é uma punição para o Espírito, conforme
pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de progredir. (
O Céu e o Inferno, cap. III, n.os 8 e seguintes.)
À medida que progride moralmente, o Espírito se desmaterializa, isto é, depura-se, com o subtrair-se à influência da matéria; sua vida se espiritualiza, suas
faculdades e percepções se ampliam; sua felicidade se torna proporcional ao
progresso realizado. Entretanto, como atua em virtude do seu livre-arbítrio, pode ele, por negligência ou má vontade, retardar o seu avanço; prolonga, conseguintemente, a duração de suas encarnações materiais, que, então, se lhe tornam uma punição, pois que, por falta sua, ele permanece nas categorias inferiores, obrigado a
recomeçar a mesma tarefa. Depende, pois, do Espírito abreviar, pelo trabalho de
depuração executado sobre si mesmo, a extensão do período das encarnações.