41. Por meio do seu perispírito é que o Espírito atuava
sobre o seu corpo vivo; ainda por intermédio desse mesmo
fluido é que ele se manifesta; atuando sobre a matéria
inerte, é que produz ruídos, movimentos de mesa e outros
objetos, que os levanta, derriba, ou transporta. Nada tem
de surpreendente esse fenômeno, se considerarmos que,
entre nós, os mais possantes motores se encontram nos
fluidos mais rarefeitos e mesmo imponderáveis, como o ar,
o vapor e a eletricidade.
É igualmente com o concurso do seu perispírito que o
Espírito faz que os médiuns escrevam, falem, desenhem.
Já não dispondo de corpo tangível para agir ostensivamente
quando quer manifestar-se, ele se serve do corpo do
médium, cujos órgãos toma de empréstimo, corpo ao qual
faz que atue como se fora o seu próprio, mediante o eflúvio
fluídico que verte sobre ele.