Comunicações frívolas.
135. As comunicações frívolas emanam
de Espíritos levianos, zombeteiros, ou brincalhões, antes maliciosos do
que maus, e que nenhuma importância ligam ao que dizem. Como nada de
indecoroso encerram, essas comunicações agradam a certas pessoas, que
com elas se divertem, porque encontram prazer nas confabulações fúteis,
em que muito se fala para nada dizer. Tais Espíritos saem-se às vezes
com tiradas espirituosas e mordazes e, por entre facécias vulgares,
dizem não raro duras verdades, que quase sempre ferem com justeza. Em
torno de nós pululam os Espíritos levianos, que de todas as ocasiões
aproveitam para se intrometerem nas comunicações. A verdade é o que
menos os preocupa; daí o maligno encanto que acham em mistificar os que
têm a fraqueza e mesmo a presunção de neles crer sob palavra. As pessoas
que se comprazem nesse gênero de comunicações naturalmente dão acesso
aos Espíritos levianos e falaciosos. Delas se afastam os
Espíritos sérios, do mesmo modo que na sociedade humana os homens sérios
evitam a companhia dos doidivanas.