175.
Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie
de médiuns, porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para
os limites em que precisamos ater-nos. Sabemos, ao demais, que um de
nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a
medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de mediunidade
consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar
pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de
qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que
magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante
papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade
reconhece que há mais alguma coisa.
A magnetização ordinária é um
verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que
apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os
magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam
conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a
faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido
falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que
constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias,
sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com
razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma
verdadeira evocação. (Veja-se atrás o n.
o 131.)