O Espiritismo conta com numerosos representantes no exército, entre oficiais de todos os graus, que lhe constatam a benéfica influência sobre si mesmos e sobre os subordinados. Nalguns regimentos, entretanto, entre os chefes superiores, encontra não negadores mas adversários declarados que interditam formalmente seus subordinados a dele se ocuparem. Conhecemos um oficial que foi riscado do quadro de propostas para a Legião de Honra e outros que foram a trabalhos forçados por causa do Espiritismo. Temos aconselhado que se submetam sem murmúrio à disciplina hierárquica, e que esperem pacientemente melhores dias, que não tardarão, pois será levado pela força da opinião. Temo-lhes mesmo aconselhado a se absterem de toda manifestação espírita exterior, se isto for absolutamente necessário, porque nenhum constrangimento pode ser exercido sobre a crença íntima, nem lhes tirar as consolações e o encorajamento que nele encontram. Essas pequenas perseguições são provações para sua fé e servem ao Espiritismo, em vez de prejudicá-lo. Eles devem julgar-se felizes por sofrer um pouco por uma causa que lhes é cara. Eles não se orgulham de deixar um membro no campo de batalha pela pátria terrestre? Que são, pois, alguns desgostos e desagrados suportados pela pátria eterna e pela causa da Humanidade?