28. O Espiritismo, igualmente, pelo bem que faz é que prova
a sua missão providencial. Ele cura os males físicos,
mas cura, sobretudo, as doenças morais e são esses os
maiores prodígios que lhe atestam a procedência. Seus mais
sinceros adeptos não são os que se sentem tocados pela observação de fenômenos extraordinários, mas os que dele
recebem a consolação para suas almas; os a quem liberta
das torturas da dúvida; aqueles a quem levantou o ânimo
na aflição, que hauriram forças na certeza, que lhes trouxe,
acerca do futuro, no conhecimento do seu ser espiritual
e de seus destinos. Esses os de fé inabalável, porque
sentem e compreendem.
Os que no Espiritismo unicamente procuram efeitos
materiais, não lhe podem compreender a força moral. Daí
vem que os incrédulos, que apenas o conhecem através de
fenômenos cuja causa primária não admitem, consideram
os espíritas meros prestidigitadores e charlatães. Não será,
pois, por meio de prodígios que o Espiritismo triunfará da
incredulidade será pela multiplicação dos seus benefícios
morais, porquanto, se é certo que os incrédulos não admitem
os prodígios, não menos certo é que conhecem, como
toda gente, o sofrimento e as aflições e ninguém recusa
alívio e consolação.