19. Somente o progresso moral pode assegurar aos homens
a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente
esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a
concórdia, a paz, a fraternidade.
Será ele que deitará por terra as barreiras que separam
os povos, que fará caiam os preconceitos de casta e
se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens
a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se
mutuamente e não destinados a viver à custa
uns dos outros.
Será ainda o progresso moral que, secundado então
pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a
controvérsias e, em consequência, aceitáveis por todos.
A unidade de crença será o laço mais forte, o fundamento
mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde
todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem
os povos e as famílias, que fazem sejam uns, os
dissidentes, vistos, pelos outros, como inimigos a serem
evitados, combatidos, exterminados, em vez de irmãos a
serem amados.