41.
No correr dos dois períodos precedentes,
eram pouco extensos os terrenos que as águas não cobriam; eram, ainda assim,
pantanosos e com freqüência ficavam submersos. Essa a razão por que só havia
animais aquáticos ou anfíbios.
O período terciário, em o qual vários continentes se
formaram, caracterizou-se pelo aparecimento dos animais terrestres.
Assim como o período de transição
assistiu ao nascimento de uma vegetação colossal, o período secundário ao de
reptis monstruosos, também o terciário presenciou o de gigantescos mamíferos,
quais o elefante, o rinoceronte, o hipopótamo, o paleotério,
o megatério, o dinotério, o mastodonte,
o mamute, etc. Estes dois últimos,
variedades do elefante, tinham de 5 a 6 metros de altura e suas defesas
chegavam a 4 metros de comprimento. Também assistiu, esse período, ao
nascimento dos pássaros, bem como à maioria das espécies animais que ainda hoje
existem. Algumas, das dessa época, sobreviveram aos cataclismos posteriores;
outras, qualificadas genericamente de animais
antediluvianos, desapareceram completamente, ou foram substituídas por
espécies análogas, de formas menos pesadas e menos maciças, cujos primeiros
tipos foram como que esboços. Tais o “felis speloea”, animal carnívoro do
tamanho de um touro, com os caracteres anatômicos do tigre e do leão; o “cervus
megaceron”, variedade do cervo, cujos chifres, compridos de 3 metros, eram
espaçados de 3 a 4 nas extremidades.