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Como quer que seja, no tocante às experiências de que acima falamos,
não menos integral permanece, de outro ponto de vista, a questão
principal, por isso que, assim como a imitação do sonambulismo não obsta
a que a faculdade exista, também a imitação da mediunidade por meio dos
pássaros nada prova contra a possibilidade da existência, neles, ou em
outros animais, de uma faculdade análoga.
Trata-se, pois, de
saber se os animais são aptos, como os homens, a servir de
intermediários aos Espíritos, para suas comunicações inteligentes. Muito
lógico parece mesmo se suponha que um ser vivo, dotado de certa dose de
inteligência, seja mais apto, para esse efeito, do que um corpo inerte,
sem vitalidade, qual, por exemplo, uma mesa. É, entretanto, o que não
se dá.