189. Variedades especiais para os efeitos físicos.
Médiuns tiptólogos: aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.
Médiuns motores: os que produzem o movimento dos corpos inertes. Muito comuns. (N.º 61.)
Médiuns de translações e de suspensões:
os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no
espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si
mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito
raros, no último caso. (N.
os 75 e seguintes; n.o 80.)
Médiuns de efeitos musicais: provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contacto com estes. Muito raros. (N.º 74, perg. 24.)
Médiuns de aparições:
os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para
os assistentes. Muito excepcionais. (N.º 100, perg. 27; n.º 104.)
Médiuns de transporte: os
que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de
objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações.
Excepcionais. (N.
o 96.)
Médiuns noturnos:
os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos. É a seguinte a
resposta que nos deu um Espírito à pergunta que fizemos sobre se se
podem considerar esses médiuns como constituindo uma variedade:
“Certamente
se pode fazer disso uma especialidade, mas esse fenômeno é devido mais
às condições ambientes do que à natureza do médium, ou dos Espíritos.
Devo acrescentar que alguns escapam a essa influência do meio e que os
médiuns noturnos, em sua maioria, poderiam chegar, pelo exercício, a
operar tão bem no claro, quanto na obscuridade. É pouco numerosa esta
espécie de médiuns. E, cumpre dizê-lo, graças a essa condição, que
oferece plena liberdade ao emprego dos truques da ventriloquia e dos
tubos acústicos, é que os charlatães hão abusado muito da credulidade,
fazendo-se passar por médiuns, a fim de ganharem dinheiro. Mas, que
importa? Os trampolineiros de gabinete, como os da praça pública, serão
cruelmente desmascarados e os Espíritos lhes provarão que andam mal,
imiscuindo-se na obra deles. Repito: alguns charlatães receberão, de
modo bastante rude, o castigo que os desgostará do oficio de falsos
médiuns. Aliás, tudo isso pouco durará.”
Erasto.
Médiuns pneumatógrafos: os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros. (N.º 177.)
Nota.
Os Espíritos insistiram, contra a nossa opinião, em incluir a escrita
direta entre os fenômenos de ordem física, pela razão, disseram eles, de
que: “Os efeitos inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito
se serve dos materiais existentes no cérebro do médium, o que não se dá
na escrita direta. A ação do médium é aqui toda material, ao passo que
no médium escrevente, ainda que completamente mecânico, o cérebro
desempenha sempre um papel ativo.”
Médiuns curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
“Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os
verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas
uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo
concurso de bons Espíritos.” (N.º 175.)
Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever.
“Aí há antes um efeito magnético do que um caso de mediunidade
propriamente dita, porquanto nada prova a intervenção de um Espírito.
Como quer que seja, pertence à categoria dos efeitos físicos.” (Veja-se o
capítulo
Da formação dos médiuns.)