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Estas explicações são claras, categóricas e isentas de ambiguidade.
Delas ressalta, como ponto capital, que o fluido universal, onde se
contém o princípio da vida, é o agente principal das manifestações,
agente que recebe impulsão do Espírito, seja encarnado, seja errante.
Condensado, esse fluido constitui o perispírito, ou invólucro semimaterial do Espírito. Encarnado este, o perispírito se acha unido à
matéria do corpo; estando o Espírito na erraticidade, ele se encontra
livre. Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se
acha mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, se assim nos podemos
exprimir. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas
organizações, uma espécie de emanação desse fluido e é isso,
propriamente falando, o que constitui o médium de influências físicas. A
emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, como
mais ou menos fácil a sua combinação, donde os médiuns mais ou menos
poderosos. Essa emissão, porém, não é permanente, o que explica a
intermitência do poder mediúnico.