PRIVAT D’ANGLEMONT
(PRIMEIRA PALESTRA, 2 DE SETEMBRO DE 1859).
Na edição de 15 ou 16 de agosto de 1859 de Le Pays, lê-se o seguinte necrológio de Privat d’Anglemont, homem de letras, falecido no Hospital Dubois:
“Suas fantasias jamais fizeram mal a ninguém: só a última foi má e voltou-se contra ele próprio. Entrando na casa de saúde onde acaba de extinguir-se, mas onde se extinguiu feliz de uma felicidade nova, Privat d’Anglemont imaginou dizer que era anabatista e da doutrina de Swedenborg. Em vida teria dito muitas outras! Desta vez, porém, a morte pegou-lhe a palavra e não lhe deixou tempo de se desdizer. A suprema consolação da cruz foi afastada de sua cabeceira; seu cortejo encontrou uma igreja e passou ao largo; a cruz não veio recebê-lo à porta do cemitério, Quando o féretro desceu ao túmulo, Édouard Fournier pronunciou tocantes palavras sobre esse corpo, mas não ousou desejar-lhe senão o sono; e todos os seus amigos se afastaram, admirados de que não o tivessem saudado, um por um, com aquela água que se parece com as lágrimas e que purifica. Fazei pois uma subscrição e tentai, depois de tudo isso, edificar alguma coisa sobre uma sepultura sem esperança! Pobre Privat! Eu não o confio menos àquele que conhece todas as misérias de nossa alma e que pôs o perdão como lei na efusão de um coração afetuoso”.
Faremos uma observação sobre esta notícia. Não haverá algo de atroz no pensamento de uma sepultura sem esperança e que nem merece a honra de um monumento? E possível que a vida de Privat tivesse podido ser mais meritória. É fora de dúvida que ele teve os seus erros. Mas ninguém dirá que foi um mau, que, como tantos outros, fazia o mal por gosto e sob o manto da hipocrisia. Devemos crer, pelo fato de, nos seus últimos momentos sobre a Terra ter sido privado das preces que se fazem pelos crentes, preces que também os seus amigos pouco caridosos não lhe deram, que Deus o condene para sempre e não lhe deixe como suprema esperança senão o sono da eternidade? Por outras palavras, que, aos olhos de Deus, não passe de um animal, ele que foi um homem de inteligência, é certo que despreocupado dos bens e dos favores do mundo, vivendo ao-deus-dará, despreocupado com o amanhã, mas, em definitivo, um homem de pensamento, senão um gênio transcendente? Se assim for deve ser tremendo o número dos que mergulham no nada! Convenhamos que os Espíritos nos dão de Deus uma ideia muito mais sublime, no-lo apresentando sempre pronto a estender a mão em socorro daquele que reconhece os seus erros, ao qual sempre deixa uma âncora de salvação.
1.— (Evocação).
—Eis-me aqui. Meus amigos, que desejais de mim?
2.— Tendes consciência clara de vossa situação atual?
—Não; não completamente. Mas espero tê-la sem tardança, porque, felizmente para mim, Deus não me parece querer afastar dele, apesar da vida quase inútil que levei na Terra, e mais tarde terei uma posição bastante feliz no mundo dos Espíritos.
3.— Tivestes o conhecimento imediato de vossa situação, no momento da morte?
—Fiquei perturbado, como se compreende, mas não tanto quanto se poderia supor. É que eu sempre gostei do que era etéreo, poético, sonhador.
4.— Podeis descrever o que então se passou convosco?
—Nada se passou de extraordinário e diferente daquilo que já sabeis. Inútil, pois, falar ainda disto.
5.— Vedes as coisas claramente como quando vivo?
—Não; ainda não; mas eu as verei.
6.— Que impressão vos causa a visão atual dos homens e das coisas?
—Meu Deus! Aquilo mesmo que sempre pensei.
7.— Em que vos ocupais?
—Eu nada faço; sou errante. Procuro, não uma posição social, mas uma posição espírita: outro mundo, outra ocupação. E a lei natural das coisas.
8. — Podeis transportar-vos para qualquer parte, à vontade?
- Não; serei muito feliz, meu mundo é restrito.
9.— Necessitais de um tempo apreciável para vos transportar de um a outro lugar?
—Bastante apreciável.
10.— Quando vivo, vossa individualidade era comprovada por meio do corpo. Agora que não tendes corpo, como a comprovais?
—E esta! E estranho! Eis uma coisa em que ainda não tinha pensado. E bem certo dizer que se aprende alguma coisa todos os dias. Obrigado, caro confrade.
11.— Então! Já que chamamos a vossa atenção para este ponto, refleti e respondei-nos.
—Eu vos disse que estou limitado quanto ao espaço. Mas ah! eu que sempre tive uma imaginação viva, também estou limitado quanto ao pensamento. Responderei mais tarde.
12.— Quando vivo, qual a vossa opinião sobre o estado da alma depois da morte?
—Eu a supunha imortal, isto é evidente. Entretanto, para minha vergonha, confesso que não acreditava ou, pelo menos, não tinha uma opinião segura sobre a reencarnação.
13.— Qual era a causa do caráter original que vos distinguia?
—Não havia uma causa direta; uns são profundos, sérios, filósofos, eu era alegre, vivo, original, E uma variedade de caráter. Eis tudo.
14.— Não teríeis podido, pelo vosso talento, libertar-vos dessa vida boêmia, que vos deixava preso às necessidades materiais, pois creio que muitas vezes vos faltava o necessário?
—Muito frequentemente. Mas, que quereis? Eu vivia como ordenava o meu caráter. Depois, jamais me soube dobrar às tolas convenções do mundo. Eu não sabia o que era ir mendigar proteção. “Arte pela arte”, eis o meu principio.
15.— Qual a vossa esperança para o futuro?
—Ainda não sei.
16.— Lembrai-vos da existência anterior a esta?
—Foi boa.
OBSERVAÇÃO: Alguém lembra que estas últimas palavras poderiam ser tomadas como uma exclamação irônica, o que estaria muito conforme o caráter de Privat. Ele respondeu espontaneamente:
—Peço-vos mil desculpas; mas não estava gracejando. É verdade que para vós sou um Espírito pouco instrutivo. Mas, enfim, não quero brincar com as coisas sérias. Terminemos. Não desejo falar mais. Até à vista.
(SEGUNDA PALESTRA — 9 DE SETEMBRO DE 1859)
1.— Evocação.
—Vamos, amigos! Quando acabareis de fazer-me perguntas, muito sensatas, é certo, mas que não posso responder?
2. — E sem dúvida por modéstia que assim dizeis. Pois a inteligência que mostrastes em vida e a maneira por que respondestes provam que o vosso Espírito paira acima do vulgo.
—Lisonjeiro!
3. — Não. Não lisonjeamos: dizemos aquilo que pensamos. Aliás, sabemos que a lisonja não teria cabimento para com os Espíritos. Por ocasião de vossa última palestra deixastes-nos bruscamente. Podeis explicar o motivo?
—A razão, em toda a sua simplicidade, é a seguinte: Fazeis perguntas tão fora de minhas ideias que eu me sentia embaraçado para responder. Compreendeis, pois, o natural movimento de orgulho que eu devia experimentar, ao ficar calado.
4.— Tendes outros Espíritos ao vosso lado?
—Vejo-os em quantidade: aqui, ali, por todos, todos os lados!
5.— Refletistes sobre a pergunta que vos fizemos e que prometestes responder de outra feita? Eu a repito: Quando vivo, vossa individualidade era comprovada por meio do corpo. Agora, que não tendes corpo, como a comprovais? Numa palavra: como vos distinguis dos outros seres espirituais, que vedes em vosso redor?
—Se posso exprimir aquilo que me toca, dir-vos-ei que ainda conservo uma espécie de essência, dada por minha individualidade, e que nenhuma dúvida me deixa de que eu sou eu mesmo, embora morto para a Terra. Ainda estou num mundo novo, muito novo para mim... (Depois de alguma hesitação:) Enfim, constato a minha individualidade por meti perispírito, que é a forma que eu tinha neste mundo.
OBSERVAÇÃO: Pensamos que esta última resposta lhe foi soprada por outro Espírito, porque sua precisão contrasta com o embaraço que parecia demonstrar no começo.
6.— Assististes aos vossos funerais?
—Sim. Assisti; mas nem mesmo sei por quê.
7.— Que sensação ele vos causou?
—Vi com prazer, com muita satisfação, que deixando a Terra, nela deixava muitos desgostos.
8.— De onde vos veio a ideia de vos dizerdes anabatista e swedenborguiano? Tínheis estudado a doutrina de Swedenborg?
—Entre outras, é uma das minhas excentricidades.
9.— Que pensais do pequeno necrológio que vos dedicou Le Pays?
—Vós me confundis, acreditai. Se publicais essas comunicações na Revista e isso causa prazer a quem as escreveu, que direi eu, para quem elas foram feitas? Que são frases bonitas, nada mais que frases bonitas.
10.— Ides algumas vezes rever os lugares que frequentáveis em vida, e os amigos que deixastes?
—Sim. Ouso dizer que ainda encontro alguma satisfação. Quanto aos amigos, tinha poucos sinceros; muitos me apertavam a mão sem ousar dizer que eu era. excêntrico, e por detrás me censuravam e me tratavam de louco.
11.— Onde pretendeis ir ao deixar-nos? Isto não é uma pergunta indiscreta, mas para a nossa instrução.
—Onde irei?... Vejamos!... Ah! uma excelente ideia!... Vou ter uma pequena alegria... uma vez só não cria hábito. Vou dar um passeio, visitar um quartinho que me deixou em vida lembranças muito agradáveis... Sim: é uma boa ideia. Passarei a noite à cabeceira de um pobre diabo, um escultor que não jantou hoje... e que pediu ao sono o alivio para a fome... Quem dorme janta ... Pobre rapaz! Fica tranquilo: irei levar-te sonhos magníficos.
12.— Não se poderia saber a morada desse escultor e ir em seu auxílio?
—E uma pergunta que poderia ser indiscreta, se eu não conhecesse o louvável sentimento que a dita... Não posso responder à pergunta.
13.— Teríeis a bondade de fazer um ditado sobre um assunto de vossa escolha? Vosso talento de literato deve tornar fácil a tarefa.
—Ainda não. Entretanto, pareceis tão afáveis, tão compassivos, que prometo escrever alguma coisa. Talvez agora eu fosse um pouco eloquente; mas temo que minhas comunicações sejam ainda muito terrenas; deixai que minha alma se depure um pouco; esperai que ela deixe esse invólucro grosseiro que ainda a prende, para então vos prometer uma comunicação. Só uma coisa vos peço: rogai a Deus, nosso soberano senhor, que me conceda perdão e o esquecimento de minha inutilidade na Terra: pois cada homem tem a sua missão aqui em baixo. Infeliz daquele que não a desempenha com fé e religião! Orai! orai! Até outra vez.
(TERCEIRA PALESTRA)
—Há muito tempo estou aqui. Prometi dizer alguma coisa e direi.
Sabeis, amigos, que nada é mais embaraçoso do que falar assim, sem preâmbulo e atacar um assunto sério. Um cientista não prepara suas obras senão após longa reflexão, depois de haver amadurecido longamente aquilo que vai dizer, aquilo que deve empreender. Quanto a mim — eu o lamento —ainda não encontrei um assunto digno de vós, Não vos poderia dizer senão puerilidades. Por isso prefiro pedir-vos um adiamento de oito dias, como se perante um tribunal. Talvez, então, eu tenha encontrado algo que possa interessar-vos e instruir-vos.
Tendo o médium insistido mentalmente para que ele dissesse alguma coisa, acrescentou:
—Mas, meu caro, eu te acho admirável! Não: eu prefiro ficar como ouvinte. Não sabeis, então, que há para mim tanta instrução quanto para vós, em ouvir o que aqui se discute? Não; repito: fico apenas como ouvinte: é para mim um papel muito mais instrutivo. A despeito de tua insistência, não quero responder. Crês que para mim seria muito mais agradável que se dissesse: Ah! esta noite foi evocado Privat d’Anglemont? — E verdade? Que disse ele? — Nada, absolutamente nada! — Obrigado! Prefiro que conservem de mim uma boa impressão. A cada um as suas ideias.
COMUNICAÇÃO ESPONTÂNEA DE PRIVAT D’ANGLEMONT
(QUARTA PALESTRA, 30 DE SETEMBRO DE 1859)
Eis que enfim o Espiritismo faz um grande barulho por toda parte; e eis que os jornais dele se ocupam, de maneira indireta, é verdade, citando fatos extraordinários de aparições, de batidas, etc. Meus ex-confrades citam os fatos sem comentários, dando assim prova de inteligência, porque jamais a doutrina espírita deverá ser mal discutida ou tomada como coisa má. Eles ainda não admitiram, entretanto, a veracidade do papel do médium. Duvidam. Mas eu lhes refuto as objeções dizendo simplesmente que eles mesmos são médiuns. Todos os escritores, grandes e pequenos, o são mais ou menos. E o são no sentido de que os Espíritos que estão em seu redor atuam sobre o seu sistema mental e muitas vezes lhes inspiram pensamentos. Certamente jamais aceitariam que eu, Privat d’Anglemont, Espírito leviano por excelência, tivesse resolvido esta questão. Entretanto, digo apenas a verdade e, como prova, dou uma coisa muito simples: como é que depois de haverem escrito durante algum tempo, eles se acham superexcitados e num estado febril pouco comum? E o esforço da atenção, direis. Mas quando estais muito atentos numa coisa, como, por exemplo, na contemplação de uma quadro, também sentis febre? Não, isso não. E, pois, necessário que haja outra causa. Pois bem, eu repito: a causa está no excesso de comunicação existente entre o cérebro do escritor e os Espíritos que o rodeiam. Agora, meus caros confrades, chicoteai o Espiritismo, se vos parece bem; ridicularizai-o, ride, mas seguramente zombais de vós mesmos, estais dando para mais tarde vergastadas em vós mesmos... Compreendeis?
PRIVAT D’ANGLEMONT
O médium que servira de intérprete a Privat d’Aglemont na Sociedade teve a ideia de evocá-lo particularmente. Obteve então a palestra que segue. Parece que o Espírito sentiu por ele uma certa afeição, seja porque o achasse um instrumento fácil, seja porque há simpatia entre ambos. O médium é um estreante na carreira literária, e os seus promissores ensaios anunciam disposições que,. certamente, Privat terá prazer de encorajar.
1.— Evocação.
—Eis-me aqui. Já estou contigo há algum tempo. Eu esperava que me evocasses. Fui eu que, faz pouco tempo, te inspirei alguns bons pensamentos. Meu caro amigo, isto era para te consolar um pouco e fazer-te suportar com mais coragem as penas deste mundo. Pensais então que eu também não tenha sofrido, mais do que imaginais, vós todos que sorríeis de minhas excentricidades? E, debaixo dessa couraça de indiferença, que eu sempre afetava, quantos pesares e quantas dores não ocultei! Mas eu tinha uma qualidade muito preciosa para um homem de letras e para um artista: sempre, não importa em que ocasião, temperei meus sofrimentos com a alegria. Quando sofria muito, fazia pilhérias, trocadilhos, e pregava peças. Quantas vezes a fome, a sede e o frio não me bateram à porta! E quantas vezes não lhes respondi com uma longa e alegre gargalhada! Gargalhada fingida, dirás tu. Oh! Não, meu amigo, confesso-te que eu era sincero. Que queres? Eu sempre tive o mais despreocupado caráter que se possa ter. Jamais me preocupei com o futuro, com o passado e com o presente. Vivi sempre como um verdadeiro boêmio, ao léu da vida: gastando cinco francos quando os tinha, e mesmo que não os tivesse; e não era mais rico quatro dias depois de ter recebido o ordenado, do que o era na véspera.
Certamente não desejo a ninguém que leve esta vida inútil, -incoerente e irracional. As excentricidades não são mais de nosso tempo. As idéias novas, por isso mesmo, fizeram rápidos progressos. É uma vida de que absolutamente não me vanglorio, e da qual por vezes me envergonho. A juventude deve ser estudiosa: deve pelo trabalho fortalecer a inteligência, a fim de melhor conhecer e apreciar os homens e as coisas.
Desiludi-vos, moços, se pensais que ao sair do colégio sois homens feitos ou sois sábios. Tendes a chave para tudo saber. Cabe-vos agora trabalhar e estudar; deveis entrar mais resolutamente no vasto campo que se vos oferece, e cujos caminhos foram aplainados por vossos estudos no colégio. Sei que a juventude necessita de distrações: o contrário seria anti-natural; não obstante, não as deve ter em demasia. Porque aquele que na primavera da vida só pensou no prazer, prepara para mais tarde terríveis remorsos. É então que a experiência e as necessidades do inundo lhe ensinam que os momentos perdidos jamais se recuperam. Os moços precisam de leituras sérias. Muitas vezes os autores antigos são os melhores, porque seus bons pensamentos sugerem outros. Eles devem sobretudo evitar os romances, que apenas excitam a imaginação e deixam o coração vazio. Os romances não deveriam ser tolerados se não como distração, uma vez ou outra, e para algumas destas senhoras que não têm mais o que fazer. Instrui-vos, instruí-vos! Aperfeiçoai a inteligência que Deus vos deu. Só a este preço somos dignos de viver.
P.— Tua linguagem me espanta, meu caro Privat. Tu te apresentaste com aparências muito espirituais, não há dúvida: mas não como um Espírito profundo e, agora...
R.— Basta, moço: paremos. Eu apareci, ou antes, a todos vós me comuniquei como um Espírito pouco profundo, é bem verdade, Mas é que eu ainda não estava completamente desprendido do meu envoltório terreno, e a condição de Espírito ainda não se havia revelado em toda a sua realidade. Agora, amigo, sou um Espírito e nada mais que um Espírito. Vejo, sinto e experimento tudo como os outros, e minha vida na Terra apenas se me afigura um sonho. E que sonho! Já estou em parte habituado a este mundo novo, que por algum tempo será a minha morada.
P.— Quanto tempo pensas ficar como Espírito e o que fazes na tua nova existência? Quais são as tuas ocupações?
R.— Ainda está nas mãos de Deus o tempo que devo ficar como Espírito; durará — suponho tanto quanto posso conceber — até que Deus julgue minha alma bastante depurada para encarnar numa região superior. Quanto às minhas ocupações, são quase nulas. Ainda estou errante e isto é uma consequência da vida que levei na Terra. Assim é que aquilo que me parecia um prazer no vosso mundo é agora uma pena para mim. Sim, é verdade, eu desejaria ter uma ocupação séria, interessar-me por alguém que merecesse a minha simpatia, inspirar-lhe bons pensamentos. Mas, meu caro amigo, já palestramos bastante, e se me dás licença, vou retirar-me. Até logo. Se tiveres necessidade de mim, não receies chamar-me: virei com prazer. Coragem! Se feliz!