14.
Sendo infinito em todas as coisas, Deus deve conhecer tudo, o passado
e o futuro; ele deve saber, no momento da criação de uma alma, se ela
falhará tão gravemente para ser condenada eternamente. Se não o sabe,
seu saber não é infinito, e então não é Deus. Se o sabe, cria
voluntariamente um ser destinado, desde a formação, a torturas sem fim, e
então ele não é bom.
Se Deus, tocado pelo arrependimento de um
condenado, pode estender sobre ele sua misericórdia e retirá-lo do
inferno, não há mais penas eternas, e o julgamento pronunciado pelos
homens é revogado.