Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1861

Allan Kardec

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Roma (Enviada pelo Sr. Sabò, de Bordéus)

Cidade de Rômulo, cidade dos Césares, berço do Cristianismo, túmulo dos apóstolos, tu és a cidade eterna, e Deus quer que a longa letargia em que caíste cesse por fim. Vai soar a hora de tua volta. Sacode o entorpecimento de teus membros e levanta-te forte e valente para obedecer aos destinos que te esperam, pois há longos séculos não passas de uma cidade deserta. As numerosas ruínas de tuas vastas arenas que dificilmente continham as ondas de ávidos espectadores são apenas visitadas pelos raros estrangeiros que de vez em quando passam por tuas ruas solitárias. Tuas catacumbas, onde repousam os despojos de tantos valentes soldados mortos pela fé, apenas os tiram de sua indiferença. Mas a crise que sofres será a última, e desse penoso e dorido trabalho sairás grande, forte, poderosa, transformada pela vontade de Deus. Do alto de tua velha basílica soará a voz do sucessor de São Pedro, que estenderá sobre ti as mãos que trarão a bênção do Céu, e ele chamará ao seu supremo conselho os Espíritos do Senhor. Submeter-se-á às suas lições e dará o sinal do progresso, arvorando francamente a bandeira do Espiritismo. Então, submetido aos seus ensinos, o universo católico acorrerá em massa para se colocar em redor do cajado de seu primeiro pastor, e com esse impulso todos os corações voltar-se-ão para ti. Serás o farol luminoso que deve iluminar o mundo, e teus habitantes, na alegria e felicidade de te ver dar às nações o exemplo do melhoramento e do progresso, dirão, em seu canto: Sim, Roma é a cidade eterna.

MASSILLON.

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