a) – Mas o temor desse fogo não produzirá bom resultado?
“Vede se serve de freio, mesmo entre os que o ensinam. Se ensinardes
coisas que mais tarde a razão venha a repelir, causareis uma impressão
que não será duradoura, nem salutar.”
Impotente para, na sua
linguagem, definir a natureza daqueles sofrimentos, o homem não
encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o
fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais vigorosa.
Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade,
tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é
que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar
de amor, de ciúme, etc.