O Céu e o Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo

Allan Kardec

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6. Nas três categorias de anjos, segundo a Igreja, uma ocupa-se exclusivamente do céu; outra do governo do universo; a terceira está encarregada da terra, e nesta se encontram os anjos da guarda nomeados para a proteção de cada indivíduo. Somente uma parte dos anjos desta categoria tomou parte na revolta e foi transformada em demônios. Se Deus permitiu a estes últimos impelir os homens à sua perda, pelas sugestões de todos os gêneros e manifestações ostensivas, por que, se ele é soberanamente justo e bom, lhes teria concedido o imenso poder de que gozam, deixado uma liberdade de que fazem tão pernicioso uso, sem permitir aos bons anjos fazerem um contrapeso por manifestações semelhantes dirigidas para o bem? Admitamos que Deus tenha dado uma parte igual de poder aos bons e aos maus, o que seria já um favor exorbitante em benefício destes últimos, o homem ao menos teria sido livre para escolher; mas dar-lhes o monopólio da tentação, com a faculdade de simular o bem a ponto de enganarem, para seduzir mais facilmente, seria uma verdadeira armadilha montada à sua fraqueza, sua inexperiência, sua boa fé; digamos mais: seria abusar de sua confiança em Deus. A razão recusa-se a admitir tal parcialidade em benefício do mal. Vejamos os fatos.

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