1. Todas as religiões tiveram, sob diversos nomes, anjos, ou seja, seres
superiores à humanidade, intermediários entre Deus e os homens. O
materialismo, negando toda existência espiritual fora da vida orgânica,
naturalmente classificou os anjos entre as ficções e as alegorias. A
crença nos anjos faz parte essencial dos dogmas da Igreja; eis como ela
os define.*
* Tiramos este resumo da pastoral de Monsenhor Gousset, cardeal-arcebispo de Reims, para
a Quaresma de 1864. Pode-se então considerá-lo, assim como o dos demônios, proveniente
da mesma origem e citado no capítulo seguinte, como a última expressão do dogma da Igreja
sobre este ponto.