14. O homem tem instintivamente a crença no futuro; mas não tendo até
hoje nenhuma base segura para defini-lo, sua imaginação criou os
sistemas que trouxeram a diversidade nas crenças. Não sendo a doutrina
espírita sobre o futuro uma obra de imaginação mais ou menos
engenhosamente concebida, e sim o resultado da observação dos fatos
materiais que ocorrem hoje sob nossos olhos, ela reunirá, como já faz
agora, as opiniões divergentes ou flutuantes, e levará pouco a pouco, e
pela força das coisas, à unidade na crença sobre esse ponto, crença que
não será mais baseada numa hipótese, mas numa certeza. A unificação,
feita no que concerne ao destino futuro das almas, será o primeiro ponto
de aproximação entre os diferentes cultos, um passo imenso rumo à
tolerância religiosa primeiramente, e mais tarde rumo à fusão.